Simbolismo Spirituale e Linguaggi Sacri

quando foi criada a primeira espada... na época, efetivamente, ele conseguiu condensar numa ferramenta, numa espada, conseguiu a vontade, o espírito solar que representava a vontade. Portanto, tornou-se tradicional. O escudo, por exemplo, várias ferramentas, uma taça do Santo Graal... Estes símbolos, que são artificiais, mudam de significado no curso do tempo, porque há uma taça antes de Cristo celebrar a Última Ceia e a taça do Santo Graal, depois de Cristo ter celebrado a Última Ceia. Portanto, estes arquétipos ou ideia, ou formas, mudam consoante o tempo, dependentemente do trabalho da força espiritual que o iniciado que criou esses símbolos ou dos outros iniciados que mudaram, modelaram, ampliaram e modificaram estes símbolos. Mas mais do que isto: por exemplo, as palavras, as letras são símbolos artificiais criados pelos homens e as mulheres, mas algumas destas letras tornaram-se tradicionais. Ou seja, palavras ou letras de línguas sagradas, como o sânscrito, o hebraico ou antigo egípcio tornaram-se símbolos tradicionais porque foram criadas, foram a origem de uma tradição iniciática. Por exemplo, o hebraico foi criado por Moisés. Ele criou um povo, uma língua contemporaneamente e fez de uma forma que esta língua, que estas formas, que estas 22 letras da língua hebraica, fossem um veículo de forças espirituais. Estas línguas sagradas possuem uma estrutura específica, típica das línguas sagradas e que vamos ver mais adiante. Pergunta - E as notas musicais, por exemplo? - Por exemplo, essas foram criadas, supõe-se que por Pitágoras. Na verdade, é mais antigo que porque é dos egípcios - Pitagóricas, tudo o que ele tinha, provinha do Egipto. Então eles classificaram, utilizaram através do número $7$, utilizaram um fenómeno natural que é este das harmónicas, que se constrói a escala musical. Nós vimos: utilizaram as harmónicas naturais, através do número $7$ e criaram esta escala musical. Temos também outras escalas musicais. Por exemplo, na Índia, na China e em várias outras que são muito, muito diferentes há $24$ divisões com $24$ - através do número $24$, coisas. Na nossa linha, a escala diatónica natural, que é aquela que nós usamos, de facto, cada nota tem o seu significado. Nós vimos: Ré, a liberdade; Mi, a revelação. É assim. Portanto, não é o simbolismo artificial no sentido em que alguém decidiu, ok, no Ré está a liberdade. Se vocês, efetivamente, fazem meditação sobre estas notas musicais, o que foi artificial foi escolher estas sete notas do modelo, dividir esta linha, esta corda em $7$ partes. Mas o significado, se vocês fazem meditação, efetivamente corresponde a uma ideia. E, de facto, nós vimos que há uma cor, uma ideia. Se vocês colocarem as frequências das notas musicais sobre o aspeto solar há uma correspondência que é mesma correspondência tradicional que fizeram em tempos antigos que nós não conhecemos, mas onde o Dó é vermelho, o Si está e temos todos os outros sons correspondentes. Portanto, é mesmo o objetivo. Mas o que para nós é importante é compreender que quando fazemos a meditação, em primeiro lugar, é que nem todos são iguais - nós devemos escolher muito bem. Quais são os símbolos que queremos interiorizar e utilizar? Se nós queremos fazer a meditação podemos escolher muito bem os símbolos porque não podemos brincar de olhos fechados com o nosso subconsciente. Devemos escolher símbolos que são desta linha para não errar, para obter uma evolução espiritual correta. Em primeiro lugar, estes símbolos tradicionais. Segundo ponto, muito importante, é quando fazemos meditação, devemos remontar esta escada. Portanto, passar do objeto físico, da imagem deste objeto físico, reconstruir esta imagem e depois passar àquela que é a ideia que está por detrás desta imagem. Qual é a ideia que gerou esta imagem. Portanto, a nossa intenção deve ser aquela de perfurar a forma, ultrapassar a forma e sintonizar com a força que está por detrás, que gerou a forma. Com esta intenção e algumas técnicas que vamos ver, consegue-se mesmo assimilar estas coisas espirituais, é mesmo ter um conhecimento dos símbolos e das realidades que é muito, muito diferente da mente concreta. Este é um conhecimento formal, é como eu conhecer alguém simplesmente descrevendo-o fisicamente. Esta é uma compreensão da realidade, do ser do outro, é uma união profunda. Portanto, um conhecimento concreto, uma descrição de uma pessoa, uma descrição de um símbolo. Um conhecimento abstrato através desta meditação é uma intuição do ser do símbolo do outro. Pergunta - Mas também temos de ter em conta que o próprio artista da beleza, como é que constrói esse possív...